A Associação Beneficente da Santa Casa de Campo Grande (ABCG), que administrava o hospital anterior a Junta Interventora, enviou fotografias que mostram uma pilha de aparelhos hospitalares eletrônicos entre a ala psiquiátrica do hospital e o prédio principal.
Segundo a Associação, todos esses objetos, que poderiam ser reaproveitados ou vendidos estão sendo descartados de forma irregular, administrativamente, biologicamente, ambientalmente e até moralmente. Também não é descartada a possibilidade de proliferação de insetos e animais peçonhentos.
Esse “lixão” de aparelhos hospitalares pode causar contaminação biológica e ambiental, de acordo com Wilson. Entre os objetos estão balanças, iluminação de centro cirúrgico, camas, desfibriladores, monitores de computador, iluminaria de mesa cirúrgica e bombas de sucção de sangue.
“Boa parte pode ser recuperada, alguns dependem de uma pintura, regulagem, troca de lâmpada, a princípio verifica-se que não houve nenhum critério para verificar a real possibilidade de reutilização e descarte de forma correta”, argumenta o presidente da ABCG, Wilson Teslenco.
Ainda segundo a Associação, o correto é enviar os aparelhos para a oficina que existe no hospital, e caso não tenha utilidade deve ser leiloado. “Ou é vendido para a sucata ou tem gente que compra, arruma e vende para hospital da Amazônia, Bolívia...”, exemplifica. A ABCG informou que fará uma denúncia junto ao Ministério Público Estadual e Federal. A assessoria da Santa Casa informou que, se os equipamentos estão descartados é pelo fato de não ter mais utilidade.
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano (Semadur), informou que existe uma empresa credenciada pela prefeitura que faz a destinação de lixo eletrônico na Capital. A Santa Casa informou que contratará uma empresa para retirar os resíduos.