A placa de inauguração da radioterapia do HU, datada de 12 de abril de 2010, continua lá, reluzindo, como a deixou a secretária estadual de Saúde, Beatriz Dobashi, depois da solenidade de reabertura do setor.
Ela ainda brilha de nova, como os novos equipamentos e as paredes bem pintadas, depois que o governo estadual injetou R$ 270 mil na reforma do setor, parado há três anos e meio.E agora com enfeites de Natal.
Mas agora, e mais uma vez, a tão esperada reinauguração da radioterapia do Hospital Universitário (HU) da Universidade Federal do MS foi adiada.
A terceira previsão de inauguração do setor que ajudaria a cobrir o imenso déficit do serviço de radioterapia no estado, como comprovou uma auditoria do TCU, estava prevista para o final de novembro.
Até então, a pendência que restava era a autorização para o funcionamento dos equipamentos de calibragem de radiação, por parte do Conselho Nacional de Energia Nuclear – CNEN, sediado no Rio de Janeiro.
A autorização foi concedida e uma médica especialista foi contratada junto à Neorad, para chefiar o departamento - fatos que dariam viabilidade à reinauguração na terceira data prevista.
Mas, segundo informações fornecidas pela assessoria de imprensa do HU, a Vigilância Sanitária estadual determinou o adiamento até que se proceda à compra de um equipamento móvel de emergência, para casos de complicações com pacientes portadores de câncer.
O estranho é que a Vigilância Sanitária é órgão da própria secretaria estadual de Saúde, a mesma que patrocinou a reforma do centro de radioterapia, e cujo nome aparece na placa de inauguração. Ou seja, discutiu as especificações técnicas do novo serviço de radioterapia.
Ainda segundo a assessoria, o HU têm várias das unidades recomendadas, mas não uma exclusiva para o setor.
Dessa forma, o HU terá que fazer uma licitação de emergência, comprar o equipamento e colocá-lo à disposição da radioterapia. Ainda segundo a informação, os recursos para a aquisição já estão empenhados.
Só depois disso é que haverá uma quarta data para a radioterapia entrar em funcionamento. Tomará que antes da “inauguração” completar um ano de vida, para o bem dos pacientes.